sexta-feira, 27 de novembro de 2015

'Fear The Walking Dead'. "As expectativas estão altas"




Prestes a gravar a 2.ª temporada, a protagonista Kim Dickens fala ao DN sobre o êxito do spin-off, os bastidores e a era de ouro da TV

"Fiquei muito surpreendida com a reação à primeira temporada. Só nos EUA, 10 milhões viram o primeiro episódio, é entusiasmante e senti-me orgulhosa". Em vésperas do arranque das gravações da segunda temporada de Fear The Walking Dead, o spin-off do fenómeno de popularidade The Walking Dead, a protagonista da série dramática falou ao DN sobre o êxito da trama, a dinâmica nos bastidores e a atual época de ouro da televisão.

"Temos que agradecer à série que nos deu origem, tivemos a sorte de termos recebido parte da audiência que ela criou. Iremos continuar a trabalhar arduamente para a manter. Mas fiquei chocada quando soube que a segunda temporada tinha sido encomendada mesmo antes da primeira se ter estreado", explica Kim Dickens, que dá vida a Madison na série exibida entre nós no AMC Portugal e criada por Robert Kirkman (o mesmo autor de The Walking Dead).

Sobre os novos episódios, que ainda não têm data de regresso ao pequeno ecrã, pouco ou nada de sabe, mas a atriz norte-americana acrescenta: "Não posso dizer grande coisa, mas estou certamente entusiasmada e nervosa. Não sei o que vai acontecer à minha personagem, espero que ela sobreviva. As expectativas estão altas porque queremos ser renovados para outra temporada, claro", ri-se a protagonista da série que mostra o início do apocalipse que dá mote a The Walking Dead.

Curiosamente, a norte-americana de 50 anos, e que já entrou em séries como Lost - Perdidos, House Of Cards e Sons Of Anarchy, passou ao lado do fenómeno The Walking Dead. "Nunca tinha visto um episódio quando fui convidada para este spin-off, apesar de saber da sua existência e popularidade. Esperei até terminar as gravações da primeira temporada para começar a ver a série", revela Dickens ao DN, elogiando ainda o criador, Robert Kirkman. "Sempre que ele nos visita, é fantástico. Ele é espetacular, descontraído e adorável, e um escritor incrível", frisa.

Sobre o ambiente nos bastidores da série que conta ainda com atores como Cliff Curtis, Frank Dillan, Elizabeth Rodriguez ou Merdeces Mason, entre a equipa de atores e técnicos, o balanço não podia ser melhor. "São todos muito profissionais. Este elenco é uma bênção. É focado e dedicado, coloca o seu coração no trabalho mas também se ri e descontrai em conjunto nas pausas", conta Kim Dickens, acrescentando que o facto de receber, muitas vezes, o guião apenas dois dias antes de gravar, torna o projeto mais entusiasmante. "Não me incomoda, já estou habituada. É uma forma de me manter focada e presente no momento", diz.

A trabalhar para a mesma estação por cabo que apostou em séries como Mad Men, Breaking Bad ou The Walking Dead, Kim Dickens elogia a capacidade de tomar riscos do AMC. "É precisamente aqui que quero estar, estou feliz. Não vamos mais longe: Mad Men é a minha série preferida de sempre, é um projeto incrível", revela a atriz, pronunciando-se, ainda, sobre a era de ouro atual da ficção televisiva. "Temos cada vez mais canais por cabo, plataformas, estúdios e serviços de streaming. Isto abriu portas para mais material e uma maior liberdade criativa, porque já não se está tão limitado a anunciadores e restrições das estações. Artistas de todos os ramos estão a caminho da TV", adianta ao DN.

A atriz, que tem balançado entre o pequeno e o grande ecrãs ao longo da sua carreira, tem também outro projeto, atualmente em fase de pós-produção: o novo filme de Tim Burton, Miss Peregrine"s Home for Peculiar Children, que chega no próximo ano. "Foi muito divertido. O meu papel não é dos principais mas fazer parte do mundo de Burton foi um sonho tornado realidade. Ele é um homem porreiro com uma personalidade encantadora", confessa Kim Dickens. "Sinto-me uma sortuda por ter participado nos meus últimos filmes. Há quem não goste de gravar com a rapidez da TV, mas a verdade é que esta oferece histórias e personagens incríveis. Enquanto conseguir andar entre os dois meios, fico feliz. As dinâmicas são diferentes mas representar é representar", remata a protagonista de Fear The Walking Dead.

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